A ORAÇÃO
Se nós consagrados
(as) quisermos atingir uma estatura espiritual é preciso que nos determinemos
em sermos pessoas de oração. É muito fácil alguém cair no pecado da exibição
dos seus talentos estando em um púlpito, dificilmente isso acontecerá na oração
pessoal, pois não há como dar um jeito para aparecer.
Hoje em nossos
tempos temos muitas lideranças, e pouco fervor na oração; muitos temores,
poucas lágrimas diante de Deus, muitos interferem, poucos intercedem, muitas
pessoas falam sobre oração, poucas crescem no combate da oração. Se nós
fracassarmos na oração, fracassaremos em todas as frentes de batalha
espiritual; a nossa maior batalha espiritual não é guerrear contra o demônio, e
sim, estar na presença de Deus combatendo pelas almas pela salvação das almas.
Os consagrados e as
consagradas Leão de Judá precisam estar unidos a Deus e sempre orar, mas também
precisam tirar um tempo para orar, pois todo declínio na vida espiritual de um
cristão começa da negligência da oração. Ninguém atinge uma vida madura na fé
sem desenvolver-se na comunhão íntima com Deus. Nada pode compensar a falta de
oração.
Na oração muitas
vezes nos falta as palavras, precisamos aprender em meio a dor, ao sofrimento
derramar-se diante de Deus como fez Ana (cf. I Sam. 1, 13). Sem palavras ela
tocou, moveu o agir de Deus. A oração deve ser para nós algo simples, assim
como uma criança que com poucos gestos alegra e cativa o coração do pai. A
oração confiante é simples, porém, profunda. O segredo da oração é orar em
secreto. Quem se entrega ao pecado para de orar, mas aquele que ora para de
pecar. É um desafio para nós, pois precisamos ser pobres, mas é necessário
sermos humildes de espírito para crermos que o poder da oração não está nos
nossos méritos e em nossos esforços humanos e sim em um abandono filial e
confiante nas mãos de Deus. Sá não ora quem não quer orar.
Servimos a um Deus
que perscruta o mais profundo de nossos corações e conhece nossas intenções e
pensamentos, onde estivermos, com quem estivermos podemos entrar na presença do
Senhor e a Ele orar, nós é que complicamos muito as coisas. Temos que ter um
encontro, um momento para estarmos na presença do Senhor, mas esse momento não
deve resumir-se a uma hora, e sim, a nossa vida deve estar de acordo com esse
momento. Diz o Catecismo da Igreja Católica: “O cristão vive como se reza”.
Temos que aprender a orar, mas para aprender é preciso orar.
Em I Sam. 12, 23ss,
O Senhor refere-se à falta de oração como pecado: “Quanto a mim, infeliz de mim
se eu pecar contra Yahweh, deixando de orar por vós e de vos mostrar o bom e
reto caminho...”.
O Senhor nos diz
que devemos orar sempre em todas as circunstâncias. (cf. I Tess. 5, 17).
“Não vos inquieteis
com nada; mas apresentai a Deus todas as vossas necessidades pela oração e pela
súplica, em ação de graças”. ( Fil. 4, 6).
Quando realizamos o
que quer que seja para o Senhor, se não estivemos preparados com oração,
saibamos que teremos um trabalho frustrado, sem frutos, pois é preciso
trabalhar com Ele, para Ele isso só acontece por meio da oração. O CIC, define
a oração como combate. Orar é batalhar. O ideal seria que em muitas casas de
cristãos o lema sobre a porta fosse: “Não combatemos”.
A oração impõe até
disposição física; a oração envolve o sistema nervoso. A oração envolve
completamente todo o ser. A oração precisa, deve ser prioridade. Orar deve ser
o nosso ferrolho para trancar a noite e nossa chave para abrir o dia. Oração é
poder. Oração é riqueza. Oração é fonte de saúde para a alma. A oração é o
desejo da alma, ou não reprimido.
Quem sabe calcular
o poder de Deus? O homem é capaz de calcular o peso do mundo; sabe dizer o
tamanho da cidade celestial; contar quantas estelas há no céu, medir a
velocidade da luz, sabe informar a hora exata do nascer e do pôr do sol, mas não
sabe avaliar o poder das oração. A oração tem o tamanho de Deus, pois é Ele que
nos dá a garantia dela. Ela tem as dimensões do poder de Deus, pois Ele garante
que a atenderá. Que Deus se compadeça de nós por termos tantos tropeços ao
praticar essa atividade que é a mais nobre que nossa língua e espírito pode
exercitar. Se Deus não nos iluminar quando nos encontrarmos no aposento da
oração, caminharemos em trevas. O momento de maior constrangimento para a
pessoa que crê no dia do juízo será aquele que terá de encarar o fato de que
orou pouco.
Eis algumas
palavras do admirável São João Crisóstomo: “O poder da oração extinguiu a
violência do fogo, fechou bocas de leões, silenciou revoltosos, pôs fim a
guerras, acalmou os elementos, expulsou demônios, rompeu as cadeias da morte,
escancarou os portões do céu, minorou enfermidades, repeliu mentiras, salvou
cidades da destruição, deteve o curso do sol e o avanço do relâmpago. A oração
é uma poderosa armadura, um tesouro que nunca acaba, uma mina que nunca se esgota,
um céu que nunca fica toldado de nuvens, e nunca é turbado por tempestades. Ela
é a raiz, a fonte, a mãe de mil bênçãos”.
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