No Natal, os cristãos comemoram o nascimento de Jesus Cristo há cerca de dois mil anos.
Isso já começou logo que Jesus nasceu. Conta-nos São Mateus que o rei Herodes, encarregado romano de governar a Judeia, ao saber que em Belém havia nascido um menino, procurado e admirado por gente de toda parte, ficou assustado e quis saber mais sobre o pequeno: era Jesus, filho de Maria, casada com José, Carpinteiro em Nazaré.
Sábios e intérpretes das Escrituras Sagradas afirmaram ao rei que as profecias sobre o ressurgimento do reino de Davi apontavam para Belém e o futuro rei poderia ser esse mesmo, o pequeno que acabara de nascer. Herodes, enciumado e furioso, tentou eliminá-lo já no berço, mas não conseguiu; São José tomou o menino e sua mãe e fugiu com eles para o Egito. Enquanto isso, Herodes espalhava terror e luto em Belém e arredores, com a ordem para que todos os meninos abaixo de dois anos de idade fossem mortos (cf Mt 2).
Nos primeiros tempos do Cristianismo, os cristãos comemoraram mais a Páscoa do que o Natal; a pregação do Evangelho acentuava sobretudo o significado dos padecimentos, da morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, na fundação e expansão prodigiosa da Santa Igreja. Aos poucos, porém, também foi incluída a reflexão sobre a origem de Nosso Senhor, seu nascimento e infância, que a Igreja comemora no Natal (cf Mt 1-2; Lc 1-2).
Teólogos e pregadores dos séculos seguintes elaboraram reflexões de extraordinária beleza e profundidade sobre esses acontecimentos da vida de Nosso Senhor, partindo da fé dos cristãos: o próprio Deus veio ao encontro da humanidade e assumiu nossa condição frágil e precária, para redimi-la e dar-lhe sentido e perspectiva de felicidade eterna.
A Liturgia católica do Natal ainda conserva algumas dessas jóias, que o pensamento teológico lapidou naquela época: “ó Deus, nesta noite santa, o céu e a terra trocam seus dons… No momento em que vosso Filho assume a nossa fraqueza, a natureza humana recebe uma incomparável dignidade!”
São Nicolau, um bispo do 4º século nascido em Mira, na atual Turquia, e cujo sarcófago está conservado na catedral de Bari, no sul da Itália, compreendeu isso muito bem: na festa do Natal, saía pelas ruas distribuindo presentes aos pobres, sobretudo às crianças. Queria, assim, compartilhar a festa e a alegria com todos porque o Natal de Jesus era um imenso presente de Deus para a humanidade inteira! Nasceu daí a tradição dos presentes de Natal e da festa contagiante, que também hoje se faz.Na Idade Média, São Francisco de Assis não se cansava de contemplar o “sublime mistério” do Natal: o Grande Deus veio a nós na simplicidade e na fragilidade de uma criança!
Quando o Menino de Jesus estava para vir à luz, São José, muito aflito, batia de porta em porta e procurava um lugar em Belém para que o Filho de Deus pudesse nascer entre os homens. São Lucas informa apenas: “não havia lugar para eles”. Por isso, Jesus veio ao mundo num abrigo para animais, fora da cidade.
Na cidade não havia lugar para ele… E, no entanto, continua a ressoar os dizeres do anjo aos pastores nos campos de Belém: “Não tenhais medo! Eis que vos anuncio uma boa notícia, e será boa também para todo o povo! Hoje nasceu para vós um salvador, que é Cristo, Senhor”! Mais atual do que nunca!
Resumido de portal da Arquidiocese de Campo Grande
texto retirado do site http://www.aascj.org.br/home/
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